Negócio cria a maior companhia aérea da América do Sul, com uma receita
combinada de U$ 8,4 bi, operação em 23 países e cerca de 40 mil
funcionários
SÃO PAULO - A brasileira TAM e a chilena LAN anunciaram na sexta-feira,
13, um acordo de fusão para criar a LATAM, maior companhia aérea da
América do Sul, com uma receita combinada de U$ 8,4 bilhões, operação em
23 países e cerca de 40 mil funcionários.
Segundo o acordo, a TAM terá o capital fechado no Brasil e na Bolsa de
Valores de Nova York. Essa foi uma das condições para o fechamento do
negócio, segundo fontes próximas à negociação.
As ações da empresa
brasileira serão trocadas por papéis da LAN, que passará a se chamar
LATAM. Essa nova empresa, por sua vez, terá capital aberto na BMF
Bovespa e continuará negociada na Bolsa de Valores do Chile e manterá
suas ADRs em Nova York. Segundo o Estado apurou, 70,67% da nova empresa
pertencerá à acionistas da LAN e 29,33%, da TAM.
A sede da LATAM será no Chile. O acordo prevê que cada ação da TAM
valerá 0,90 ação da LAN. Na sexta, as ações com direito a voto fecharam
cotadas em R$ 31,01, uma alta de 18,99%.
No desenho final, a família Amaro, atual controladora da TAM, passa a
deter cerca de 15% da LATAM. Já a família Cueto, que controla a empresa
chilena, deverá ter em torno de 20%.
Na TAM, que passa a ser uma companhia fechada, a composição acionária
será diferente. O controlador (família Amaro) manterá os 80% do capital
votante. A LAN ficará com apenas 20% do capital votante (limite legal
brasileiro), mas com 80% das ações preferenciais. O acordo, no entanto,
prevê direito de veto dos minoritários (no caso, a LAN). Já está
acertado também que, no caso de mudança da legislação brasileira – que
pode aumentar a participação estrangeira nas companhias aéreas dos
atuais 20% para 49%, – a LAN poderá comprar mais ações.
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