Grupo Compadres Turismo - Revista Doce Mar de Minas

Os encantos da Serra da Canastra e as belezas do Lago de Furnas, num roteiro impecável para alemão nenhum botar defeito. O passeio organizado pela Compadres Turismo atendeu em julho a um grupo de descendentes de alemães, vindos de São Paulo e Florianópolis. Na programação, trilhas, serras, cachoeiras, passeio de barco e um sedutor turismo de compras.
Conhecer a Serra da Canastra foi, inicialmente, o atrativo para o grupo. Três dias na Serra da Canastra, especificamente no município de São Roque de Minas, seriam o ponto alto do roteiro. Mas durante o percurso os turistas conheceram outras maravilhas que circundam o Lago de Furnas. O grupo foi recepcionado na Pousada Canteiros, em São João Batista do Glória, onde permaneceu por dois dias. A acolhida, associada à comida típica mineira, conquistou de imediato os visitantes.

No segundo dia do roteiro, o destino foi o Lago de Furnas, com seus belos cânion e quedas d’ água, como a da Lagoa Azul. O trajeto foi realizado de ônibus até a MG-050, nas proximidades do Restaurante do Turvo. A lancha com capacidade para 40 pessoas foi pilotada por profissional habilitado pela Marinha do Brasil. O passeio começou com as instruções de segurança e de uso da embarcação. Embora seja uma lancha, o motor lembra o ritmo e o som das belas e antigas balsas. A velocidade é lenta. A imensidão do lago e os paredões formados em seu entorno deixaram os turistas encantados. 
Uma parada nos cânions foi providencial para apreciação e um banho. Depois a lancha seguiu para a Lagoa Azul.  A água cristalina é chamamento para um bom mergulho. Apesar do inverno, a temperatura da água era convidativa. 

Depois de um tradicional almoço no Restaurante do Turvo, onde os turistas se deliciaram com os bons peixes da região, próxima parada: comportas de Furnas. Na sequência Carmo do Rio Claro, onde conheceram o Museu do Índio Antônio Adauto Leite e a Tradicional Feira de Artesanato, realizada no mês de julho.
No retorno a São João Batista do Glória, uma noite com uma boa fogueira espantar o frio e muitos causos esperavam os integrantes do grupo. No dia seguinte, o passeio continuou na Serra da Canastra. O trajeto foi feito em jipes 4 x 4 com capacidade para 7 e 8 pessoas. 

A Serra da Canastra abrigava o sonho de muitos integrantes da excursão, como Nancy Champion Kistemann, 81, que há 30 anos esperava por esse momento. Nancy ansiava conhecer os encantos da Canastra, mas não sabia definir o que mais a atraía nesse passeio. O mesmo desejo era dividido com Erika Helmuth, que há 20 anos sonhava com  essa oportunidade. Apaixonada pela natureza, as reportagens da Serra sempre chamaram a sua atenção. Membro do Conselho Municipal de Turismo de Igaratá, SP, a visita também lhe renderia frutos para o seu trabalho.
O organizador do grupo, Herman Helmuth, conta que é a terceira vez que visita a região. Na primeira viagem acompanhou um casal de alemães como guia e intérprete. Na segunda vez trouxe um grupo de 30 pessoas. Nessa excursão, vieram 15 pessoas.  Helmuth elogiou o trabalho da Pousada Canteiros e disse que o Lago de Furnas tem um grande potencial turístico.

No sábado, após a despedida na Pousada Canteiros, o grupo embarcou nos jipes rumo à Nascente do Rio São Francisco.  Com muito entusiasmo e alegria, seguiram pelo Vale dos Canteiros com destino à Cachoeira do Quilombo.
Atravessaram o Ribeirão Grande, que é bastante seco nesta época, e fizeram uma parada estratégica para descobrir os encantos dessa grande cachoeira, que impressiona por sua dimensão formando uma imensa escadaria na serra. O local é ideal para um piquenique, o que aconteceu antes de seguirem viagem. “Ficamos impressionados com a queda da Cachoeira do Quilombo. É um local surpreendente,” disse Renato Blotta.

Após atravessar o Vale da Serra da Babilônia com todos os obstáculos da estrada - valas, valetas, poças e desníveis -  a sensação era de que estavam no veículo adequado. Chegando à Pousada da Babilônia, um delicioso almoço com caipirinhas aguardava o grupo, que pode conhecer um pouco mais do típico modo de vida do “canastreiro”, percorrendo o pomar, os galinheiros, o curral e o entorno da pousada.
Tudo de bom até esse trecho do caminho. Na sequência, conheceriam a perfeição: a grande Serra Branca, onde fizeram a primeira parada no topo do Chapadão da Babilônia. Observaram todo o vale percorrido, um espetáculo visual para aqueles que esperaram mais de 30 anos para realizar um sonho.

Durante o trajeto pelo Chapadão, dentre as paradas estratégicas para observação da flora - que nesta época do ano é peculiar devido à espécies que só florescem no inverno - tiveram a honra e a felicidade de deparar com um grande tamanduá-bandeira, que desfilou a poucos metros dos jipes, dando boas vindas ao grupo. “Poder se deparar com o famoso tamanduá-bandeira no percurso para a Casca D`Anta foi um presente! Uma sensação muito legal ver o bicho livre em seu habitat natural”, exclamou Gertraud Marcus.

Antes de chegar a São José do Barreiro, para uma noite de descanso, o grupo assistiu ao por do sol no Mirante da Igrejinha, no Morro do Carvão, tomando um cafezinho preto em um dos melhores mirantes da Canastra.
No domingo, pularam cedo da cama para saborear o excelente café da manhã, com todos os quitutes mineiros, preparados pela Pousada Irmão Sol. 

O dia seria de descobertas. Primeira parada: Cachoeira Casca D`Anta. No período da manhã, o primeiro contato com o Parque Nacional da Serra da Canastra. Visitaram o Centro de Apoio, que fornece informações sobre a fauna e a flora, antes de pegar a trilha para chegar à base da cachoeira, que é uma das maiores do Brasil.

No final do dia, após saborear o excelente e tradicional tempero mineiro das cozinhas de São José do Barreiro, seguiram para São Roque de Minas, onde pernoitaram. “O tempero da cozinha mineira realmente é um show à parte. A costelinha de porco tem um sabor espetacular”, disse Helmuth.

De manhãzinha, embarque novamente nos jipes para conhecer a Nascente do Rio São Francisco, local fascinante por ser ponto de partida desse imenso rio. A maioria das pessoas já o conheceu em sua foz ou em seu trajeto, mas no seu “nascimento”, poucas. Seguiram os campos floridos para a parte alta da Cachoeira Casca D´Anta, de onde visualizaram todo o trajeto, a Serra da Babilônia e seus encantos. Na volta visitaram uma fábrica de queijos artesanais e muitos queijos na bagagem retornaram a São Roque, de onde seguiriam para São Paulo.

Surpresos com o potencial da região, os turistas se encantaram com a facilidade de acesso e organização da Compadres Turismo. A acolhida do mineiro e a sua tradição em contar casos foi destaque para o grupo. Agora, é curtir as fotos, as lembranças, e planejar a volta à Canastra.


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